Os artigos dos trabalhos aprovados serão publicados em nossa homepage e deverão ser enviados para o e-mail cisogt@gmail.com até o dia 3 de julho de 2009. Quem teve o trabalho aprovado para apresentação na forma de painel também deverá enviar o artigo completo.
As regras de formatação são as seguintes:
* Formato do arquivo: PDF
* Nome do arquivo: colocaro número do GT e o sobrenome do autor separados por underline. Por exemplo: GT1_[sobrenome do autor]
* Capa:
1) No alto da página, alinhado ao centro: XIV CISO – ENCONTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DO NORTE E NORDESTE; Times New Roman tamanho 14;
2) No centro da página, alinhado ao centro: colocar o número e o nome do GT, Times New Roman tamaho 14. Por exemplo: GT1: Nononononon. Na mesma posição, abaixo, o título do trabalho. Na próxima linha, alinhado à direita, o nome do(s) autor(es) e instituição, Times New Roman tamanho 12. Na linha seguinte, com a mesma formatação, o e-mail(s);
3) No pé da página, alinhado ao centro: Recife. Na mesma posição, na linha abaixo, 2009; Times New Roman tamanho 12.
* O artigo deverá ter entre 15 e 20 páginas;
* Espaçamento: 1,5 linhas;
* Tipo de fonte: Times New Roman tamho 12;
* Margens: superior = 3; inferior = 2.5; esquerda = 3; direita = 2,5;
* Notas de roda-pé: Times New Roman tamanho 10.
Atenção! Os trabalhos fora desse padrão e enviados depois de 3 de julho de 2009 não serão publicados no site do XIV CISO.
terça-feira, 30 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Precarização do trabalho é um dos temas do 14º Ciso
Por Daniel França
15/06/09
As mudanças nas relações de trabalho e suas conseqüências na sociedade contemporânea são alguns dos temas que serão discutidos durante o 14º Encontro de Ciências Sociais do Norte e Nordeste, o Ciso 2009, que será realizado entre os dias 8 e 11 de setembro na Universidade Federal Rural de Pernambuco. O evento faz parte das comemorações dos 60 anos da Fundação Joaquim Nabuco.
Intitulado Classes sociais, desigualdade e subjetividade: precarização, invisibilidade e prevalência do trabalho atípico na contemporaneidade, o grupo de trabalho (GT2) reúne 15 trabalhos de pesquisadores de Alagoas, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. A coordenação é dos professores Vera Lúcia Navarro, da Universidade de São Paulo (USP); Alice Anabuki Plancherel e Ricardo Mayer, ambos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Para Alice, a classe trabalhadora se diversificou e se tornou mais complexa nas últimas décadas. Ela acredita que a crise do modelo fordista e taylorista realçou as diferenças nos conceitos de emprego e trabalho. “Os postos de trabalhos amparados pelas proteções sociais garantidas pelo Estado diminuíram muito com a flexibilização dos contratos”.
Segundo a professora, a globalização e o neoliberalismo são os principais fenômenos responsáveis por esse cenário, no qual também se observa o aumento da informalidade e o desenvolvimento de outras formas de relações de trabalho. Ela cita como exemplo as pessoas que prestam serviços temporários, as cooperativas e os trabalhadores autônomos, além de ex-empregados recontratados pelas empresas sob forma de “pessoa jurídica”.
O grupo analisa também os efeitos dessas mudanças na subjetividade de trabalhadores e trabalhadoras. De acordo com os pesquisadores, a falta de estabilidade gera insegurança, incerteza, ansiedade e angústia na vida pessoal e familiar. “Sem trabalho ou sem emprego, as pessoas parecem perder referências: sua percepção é a de se sentir desvalorizada, socialmente diminuída em sua condição de ser humano”, analisa Alice. No mercado, esse contexto estimula a competitividade que, em algumas situações, torna-se destrutiva. “A competição é corrosiva da ética e da solidariedade entre os membros da própria classe trabalhadora”, complementa. As pesquisas do grupo apontam que este tipo de “pressão” tende a fragmentar mais ainda a coesão social e política da classe assalariada.
E, nessa competição, muitos profissionais buscam na qualificação o diferencial para se sobressair na disputa por uma vaga. Por isso, o mercado de trabalho está mais seletivo e difícil em diversos campos de atuação. Como exemplo, Alice cita um concurso para professores realizado recentemente pela UFAL, no qual 110 candidatos disputaram seis vagas distribuídas nas áreas de antropologia, sociologia e ciência política.
15/06/09
As mudanças nas relações de trabalho e suas conseqüências na sociedade contemporânea são alguns dos temas que serão discutidos durante o 14º Encontro de Ciências Sociais do Norte e Nordeste, o Ciso 2009, que será realizado entre os dias 8 e 11 de setembro na Universidade Federal Rural de Pernambuco. O evento faz parte das comemorações dos 60 anos da Fundação Joaquim Nabuco.
Intitulado Classes sociais, desigualdade e subjetividade: precarização, invisibilidade e prevalência do trabalho atípico na contemporaneidade, o grupo de trabalho (GT2) reúne 15 trabalhos de pesquisadores de Alagoas, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. A coordenação é dos professores Vera Lúcia Navarro, da Universidade de São Paulo (USP); Alice Anabuki Plancherel e Ricardo Mayer, ambos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Para Alice, a classe trabalhadora se diversificou e se tornou mais complexa nas últimas décadas. Ela acredita que a crise do modelo fordista e taylorista realçou as diferenças nos conceitos de emprego e trabalho. “Os postos de trabalhos amparados pelas proteções sociais garantidas pelo Estado diminuíram muito com a flexibilização dos contratos”.
Segundo a professora, a globalização e o neoliberalismo são os principais fenômenos responsáveis por esse cenário, no qual também se observa o aumento da informalidade e o desenvolvimento de outras formas de relações de trabalho. Ela cita como exemplo as pessoas que prestam serviços temporários, as cooperativas e os trabalhadores autônomos, além de ex-empregados recontratados pelas empresas sob forma de “pessoa jurídica”.
O grupo analisa também os efeitos dessas mudanças na subjetividade de trabalhadores e trabalhadoras. De acordo com os pesquisadores, a falta de estabilidade gera insegurança, incerteza, ansiedade e angústia na vida pessoal e familiar. “Sem trabalho ou sem emprego, as pessoas parecem perder referências: sua percepção é a de se sentir desvalorizada, socialmente diminuída em sua condição de ser humano”, analisa Alice. No mercado, esse contexto estimula a competitividade que, em algumas situações, torna-se destrutiva. “A competição é corrosiva da ética e da solidariedade entre os membros da própria classe trabalhadora”, complementa. As pesquisas do grupo apontam que este tipo de “pressão” tende a fragmentar mais ainda a coesão social e política da classe assalariada.
E, nessa competição, muitos profissionais buscam na qualificação o diferencial para se sobressair na disputa por uma vaga. Por isso, o mercado de trabalho está mais seletivo e difícil em diversos campos de atuação. Como exemplo, Alice cita um concurso para professores realizado recentemente pela UFAL, no qual 110 candidatos disputaram seis vagas distribuídas nas áreas de antropologia, sociologia e ciência política.
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