Por André Amorim
O último dia do 14º Encontro de Ciências Sociais do Norte e Nordeste (14º Ciso) discutiu, num das mesas redondas, “O impacto da crise global nos países periféricos”. O encontro aconteceu das 9h às 10h30, no auditório do Centro de Ensino e Graduação (Cegoe) da UFRPE.
A coordenação da mesa ficou sob a responsabilidade do professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e também consultor econômico, Jorge Jatobá. A colaboração ficou a cargo do professor da Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Barbosa, do professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Amilton Moretto, e do professor da Faculdade Boa Viagem (FBV), Olímpio Galvão.
Primeiro a expor suas ideias sobre o assunto, o professor Amilton falou sobre a origem da crise e os efeitos no mercado de trabalho do mundo e do Brasil. Segundo o professor, a crise financeira global teve início em meados de 2007 no mercado de hipotecas subprime (dividas assumidas na compra de um imóvel) nos Estados Unidos. No entanto, para o mundo, a crise ficou evidente com a quebra das instituições financeiras, em setembro de 2008, nos Estados Unidos e na Europa.
O impacto da crise nos países, segundo Amilton, está relacionado ao nível de abertura do fluxo de capital, ou seja, do controle de entrada e saída de capital estrangeiro dos países. Resultado imediato da crise, o enxugamento do crédito no Brasil atingiu diretamente o setor produtivo e, consequentemente, o Produto Interno Bruto (PIB).
Os níveis de desemprego também foram tratados pelo professor. Grande vilão na década de 1990, os níveis de desemprego estavam apresentando, desde o ano 2000, taxas cada vez menores nesse indicador. No entanto, com a queda na produção industrial, o desemprego voltou a apresentar taxas altas. Para esse ano, Amilton ainda acredita numa recuperação tanto no nível de desemprego como no da produção industrial.
O professor da USP, Alexandre Barbosa, explicou a situação do capitalismo global, (expressão que considera redundante pois o capitalismo por si já seria global), algumas características que aproximam e separam os países do BRICS (Brasil, Rússia, índia e China) e também sobre o caso da China, país que se destaca dentro do atual contexto econômico.
O professor da FBV, Olímpio Galvão, falou sobre a situação do pós-crise mundial. Além de refletir sobre o processo de recuperação do pós-crise, o professor falou sobre os impactos positivos e negativos da globalização e as implicações do que está acontecendo para as gerações futuras. Para o professor, a forma como a reestruturação vem sendo conduzida pode deixar marcas fortes nas sociedades futuras.
Ciência Política no Nordeste é debatido no Ciso
Foi realizado no auditório de Engenharia de Pesca da UFRPE, durante a última manhã do 14º Ciso, a mesa redonda “A Ciência Política no Nordeste: situação atual e perspectivas”. O evento foi coordenado pelo professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Antônio Sérgio Araújo Fernandes e contou com a colaboração do também professor da UFRN, André Borges, do professor da UFPE, Ernani Carvalho, e da professora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Gabriela da Silva Tarouco.
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