Por Victor Bastos
O tema “Aquecimento global e medidas de adaptação local” foi debatido na manhã desta sexta-feira, das 11h às 12h30, no Auditório do Centro de Ensino de Graduação (Cegoe). O fórum foi coordenado pelo representante da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Carlos Caldas, e contou com a colaboração de Adriano Dias (Fundaj), Almir Cirilo (secretário executivo de Recursos Hídricos do Governo de Pernambuco) e pelo professor Edgard Cavalcanti (UFPB).
Foram destacados os problemas atuais gerados pelo aquecimento global, as suas consequências biológicas e econômicas, as complicações e possíveis alternativas de adaptação para o momento que vive a sociedade moderna. As apresentações foram auxliadas por gráficos e slides.
O representante da Fundaj, Adriano Dias, enfatizou durante o debate que o aquecimento global já é um fenômeno reconhecido. “Estamos diante de um fenômeno mundial que é incontestável”, afirmou. Segundo Adriano, as previsões são alarmantes, sendo necessárias ações imediatas. A gravidade da situação dependerá da mitigação, ou seja, das formas gerais de controle. Segundo os dados divulgados, haverá uma mitigação perfeita se acontecer o aumento de 1 grau centígrado, uma mitigação razoável se ocorrer uma elevação de 2 graus centígrados e uma mitigação fracassada caso aconteça um aumento de 5 graus centígrados.
Perdas agrícolas, migrações e crise alimentar estão entre os principais efeitos econômicos do aquecimento. As complicações e consequências biológicas são precipitações concentradas, ventos mais fortes e estiagens prolongadas. “Para se ter uma ideia, o gelo ártico está derretendo 30 anos antes do previsto”, alertou Adriano Dias.
O controle e a redução na emissão de gás carbônico é a principal forma de mitigação. Segundo Adriano, a redução de CO2 é uma necessidade e uma obrigação do ser humano. Uma das formas é a utilização da vegetação para a redução das temperaturas. “Uma árvore é um ar-condicionado natural”, explicou. A adaptação também é uma forma de combater os efeitos do aquecimento global. Ênfase em medicina preventiva e aumento da capacidade na retenção hídrica estão entre as formas de adaptação.
Outro três fóruns completaram a manhã de atividades no último dia do 14º Encontro de Ciências Sociais do Norte e Nordeste. Os debates ocorreram paralelamente ao fórum “Aquecimento global e medidas de adaptação local”. Foram eles: "Populações tradicionais, lutas por reconhecimento e políticas públicas", no auditório do Cegoe, coordenado por Rosalira Santos (Fundaj), Alfredo Wagner Berno de Almeida (UFAM), Marco Aurélio Loureiro (MDS) e Mauro William Barbosa de Almeida (Unicamp); "Òmìnira Èsin – liberdade de culto: legislação que protege a manifestação religiosa de matriz africana", no auditório de Engenharia de Pesca, coordenador por Aurenice Maria do Nascimento Lina (Senac), Alexandre Alberto Santos de Oliveira (Organização Trajetória Mundial), João Monteiro (Unicap) e Márcio Carmelo Barbosa dos Santos (Unicap); e "Vinte anos da Constituição Federal: Judiciário e Cidadania", no auditório da Reitoria, sob a coordenação de Ernani Carvalho (UFPE), João Ricardo dos Santos Costa (AMB), Joaquim Falcão (FGV-RJ/CNJ) e Maria Teresa Sadek (USP).
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Prezados Amigos,
ResponderEliminarSegundo vocês informaram, os atores que apresentaram seus textos nos GTs, mas que não tinham enviado o documento até a data da realização do evento, poderiam fazê-lo após a apresentação. Gostaria de saber se vocês confirmam esta informação e/ou se houve algum problema com a organização dos textos. Eu ainda espero a publicação do meu material no site do Ciso 2009.
Att,
Paulo.