Por André Amorim
Os 60 anos da Fundação Joaquim Nabuco foi o tema do primeiro debate do 14º Encontro de Ciências Sociais do Norte e Nordeste (Ciso). Intitulada de “A Fundação Joaquim Nabuco e o campo das ciências sociais no Brasil: linhagens, trajetórias e perspectivas”, a mesa redonda contou com a coordenação da pesquisadora da Fundaj Rita de Cássia Barbosa de Araújo, e com a colaboração da também pesquisadora da Fundaj Alexandrina Sobreira; do professor do departamento de Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco Antônio Carlos Mota; e do professor da UFPE e primeiro estagiário da Fundaj Heraldo Souto Maior.
Alexandrina, primeira a falar, lembrou que completou 28 anos de trabalhos dedicados à Fundação nesta semana e falou sobre a importância das atividades realizadas pela Fundaj desde que foi criada por Gilberto Freyre. Além disso, Alexandrina destacou o pioneirismo, a interdisciplinaridade nos estudos realizados e as parcerias com a Superintendência Nacional de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e outros países. “Fomos os pioneiros na área de Ciências Políticas, quando criamos, em 1981, um departamento exclusivo para o assunto, o primeiro das regiões Norte e Nordeste”, disse.
A pesquisadora falou ainda da recente contratação de 30 novos pesquisadores, através de concurso público, e de que forma isso contribui com as novas pesquisas. “Essas contratações mostram o potencial que a Fundação tem para continuar a crescer e é bastante positiva porque junto com os novos pesquisadores chegam novos temas que fazem parte da atual agenda como a questão do meio ambiente e as questões de gênero”, explicou.
O pioneirismo da Fundaj também norteou as colocações do professor do departamento de Antropologia da UFPE Antônio Carlos Mota. Ele destacou as contribuições no campo das pesquisas do extinto departamento de Antropologia da Fundaj, que foi criado antes mesmo dos cursos de Antropologia nas universidades. Segundo ele, os seus principais eixos de pesquisa se constituiram do estudo das religiões afro-brasileiras e da cultura indígena.
O primeiro pesquisador bolsista do então Instituto Joaquim Nabuco, Heraldo Souto Maior, falou sobre as previsões pessimistas e comentários que surgiram na época da criação da Fundaj e destacou a importância de ter sido estagiário da Fundação. Além disso, falou também sobre as dificuldades que enfrentou no início do trabalho.
O Ciso é realizado há 20 anos e se consolidou como espaço de troca e intercâmbio interinstitucionais. O evento é realizado pela Fundaj em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Católica de Pernambuco e Faculdade Marista do Recife.
Esquerda latino-americana é tema de mesa redonda do 14º Ciso
“Pensamento de esquerda na América Latina: atualidade e perspectivas”. Esse foi o tema abordado pela 2ª mesa redonda do 14º Ciso, na manhã desta segunda-feira (9), no auditório do Centro de Ensino de Graduação (Cegoe) da Universidade Federal Rural de Pernambuco. O trabalho da mesa foi coordenado pelo professor da Rural, Délio Mendes, e contou com a colaboração do professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Josiais de Paula Jr., e do professor da Universidade Federal de Pernambuco, Michael Zaidan Filho. Entre os temas abordados pelos debatedores estiveram as tipologias de esquerda na América Latina, mais especificamente no Brasil, e os programas de esquerda na América Latina e a importância simbólica do processo iniciado por Hugo Chaves na Venezuela, a chamada Revolução Bolivariana.
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