Por Victor Bastos
A 14ª edição do Ciso promoveu na manhã desta quarta-feira (09), na Sala de Seminários do CEGOE, das 9h às 10h30, a mesa redonda Mulher, corpo, igrejas, estado: Quem manda? A mesa foi comandada pelo coordenador do encontro, o pesquisador da Fundaj Joanildo Burity, a professora da Umesp Sandra Duarte de Souza, a professora da Unicap Janice Albuquerque, a representante do SOS Corpo Verônica Ferreira e a representante da Secretaria da Mulher, Amanda Scott.
A professora da Umesp, Sandra Duarte, enfatizou a dissonância entre os discursos oficiais religiosos e as práticas das pessoas religiosas. “Existe uma autonomia relativa do sujeito religioso, apesar das intervenções religiosas”, disse. Sandra ressaltou a legitimidade do Estado. Segundo ela, as decisões estatais passam pelo crivo da religião. “No Rio de Janeiro há o Sindicato dos Advogados Católicos, assim como já vi um de espíritas, onde estudam o caso de acordo com a religião. Com isso, podemos perceber que existe essa interferência”, explicou.
A representante da Secretaria da Mulher, Amanda Scott, levantou questões estatísticas na sua apresentação. De acordo com ela, a participação do Estado vem se tornando cada vez mais importante na mudança da mulher na sociedade. “Historicamente o homem é quem manda e a educação religiosa reprime, pois a mulher não tem direito ao corpo. A igreja manda na mulher e no corpo. O estado laico é que vem mudando isso, principalmente após os movimentos feministas”, afirmou.
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